Assistência Odontológica - Hábitos que prejudicam a saúde bucal
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Hábitos que prejudicam a saúde bucal
A negligência com a saúde oral durante a juventude manifesta-se frequentemente através de comportamentos e práticas que, embora pareçam inofensivos ou até normais nesta fase da vida, podem comprometer seriamente a integridade dentária e gengival. Entre os hábitos mais prejudiciais se destacam o bruxismo, a erosão dentária provocada por alimentação inadequada, o consumo de tabaco e álcool, o uso de piercings orais e os chamados hábitos parafuncionais, como roer as unhas ou morder objetos. Estes comportamentos, quando não corrigidos a tempo, podem ter consequências irreversíveis, afetando tanto a funcionalidade como a estética da cavidade oral.
Bruxismo: o impacto do stress e da ansiedade
Um dos exemplos mais relevantes é o bruxismo, caracterizado pelo ato de ranger ou apertar os dentes, geralmente durante o sono, mas também em momentos de vigília. Estudos indicam que o bruxismo afeta até um terço dos jovens adultos, sendo frequentemente associado a stress, ansiedade e distúrbios do sono. O hábito leva ao desgaste dental, dor muscular na face, cefaleias, sensibilidade nos dentes e até problemas articulares na mandíbula.
Bebidas ácidas, açúcar e erosão dentária
Outro comportamento prejudicial é o consumo regular de bebidas ácidas e açucaradas, como refrigerantes, sumos industrializados e bebidas energéticas. Esses produtos favorecem a erosão do esmalte dentário e a formação de cáries, sobretudo quando associados a uma higiene oral deficiente ou à escovagem imediata após o consumo, o que potencializa o desgaste do esmalte. A escovação em si, quando feita de forma agressiva ou com escovas de cerdas duras, também contribui para a recessão gengival e abrasão dos dentes, comprometendo a proteção natural da dentição.
Tabaco e álcool: dupla ameaça à boca
O tabagismo, ainda presente entre adolescentes e jovens adultos, é outro fator determinante na deterioração da saúde oral. O consumo de cigarros compromete a irrigação sanguínea das gengivas, aumenta a acumulação de placa bacteriana e favorece doenças periodontais, como gengivite e periodontite. O uso de álcool, por sua vez, altera o pH bucal, reduz o fluxo salivar e compromete a microbiota oral, criando um ambiente propício para infecções e desenvolvimento de cáries. O impacto destes dois hábitos é ainda mais grave quando associados, uma vez que os seus efeitos são cumulativos e interdependentes.
Piercings bucais: estética com riscos
Muitos jovens também recorrem a modificações estéticas como piercings na língua, lábios ou bochechas. Embora populares, esses acessórios aumentam significativamente o risco de fraturas dentárias, retrações gengivais e infeções locais. O contato constante do metal com as estruturas bucais pode levar a microtraumatismos que, com o tempo, comprometem a integridade dos dentes e tecidos moles.
Hábitos parafuncionais: perigos silenciosos
Além disso, comportamentos parafuncionais como morder objetos (canetas, tampas, unhas) são frequentemente subestimados. Esses hábitos, muitas vezes inconscientes, contribuem para o desgaste irregular dos dentes e contribuem para distúrbios como o bruxismo, sobretudo quando associados ao stress escolar ou profissional típico desta faixa etária.
Conclusão
A combinação de todos esses fatores evidencia a importância de uma abordagem preventiva. Adotar uma rotina de higiene oral adequada, evitar o consumo frequente de substâncias agressivas à saúde bucal e estar atento aos sinais de desgaste, dor ou inflamação são medidas essenciais. O acompanhamento regular com o dentista é fundamental para orientação, diagnóstico precoce e prevenção de complicações que, se não tratadas a tempo, podem comprometer seriamente a qualidade de vida e a estética oral do jovem adulto.
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