Assistência Odontológica - Herpes
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HERPES SIMPLES: SINTOMAS, TRANSMISSÃO E CUIDADOS
O que é o herpes simples?
O herpes simples é uma infecção causada por um vírus chamado Herpes Simplex Virus (HSV). Existem dois tipos principais:
• HSV-1 (tipo 1): geralmente associado ao herpes labial e infecções orais;
• HSV-2 (tipo 2): mais comum em infecções genitais.
Na área da odontologia, o foco é principalmente no HSV-1, que causa lesões na boca, lábios e, em alguns casos, em outras partes do rosto.
Como o herpes é transmitido?
O vírus é altamente contagioso e pode ser transmitido por:
• Contato direto com lesões ativas (beijos, toque em feridas);
• Compartilhamento de objetos pessoais contaminados (copos, talheres, batons);
• Gotículas de saliva durante a fala ou tosse de alguém com lesão ativa.
É importante saber que o herpes pode ser transmitido mesmo na ausência de lesões visíveis, devido à chamada eliminação viral assintomática.
Quais são os sintomas?
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:
• Ardência ou coceira nos lábios ou ao redor da boca (pródromo);
• Aparecimento de pequenas bolhas agrupadas, que estouram e formam feridas dolorosas;
• Vermelhidão e inchaço ao redor das lesões;
• Em alguns casos, febre, dor de cabeça e ínguas (linfonodos inchados).
No primeiro contato com o vírus (infecção primária), os sintomas podem ser mais intensos e durar até duas semanas. Já nas recorrências, as lesões tendem a ser mais leves e durar de 7 a 10 dias.
Onde o herpes aparece?
Na odontologia, as manifestações mais comuns do HSV-1 são:
• Lábios e região perioral (herpes labial);
• Gengiva e palato duro (gengivoestomatite herpética primária);
• Mucosa jugal e língua, em casos menos comuns;
• Dedos e mãos, especialmente em profissionais da saúde bucal sem proteção (herpes dos dedos, ou "panarício herpético").
O herpes tem cura?
Não. O HSV-1 permanece no corpo por toda a vida, alojado nos gânglios nervosos (estruturas que fazem parte do sistema nervoso). Ele pode ficar inativo por meses ou anos e reativar-se em momentos específicos.
O que causa a reativação do herpes?
Vários fatores podem reativar o vírus:
• Estresse emocional ou físico;
• Exposição intensa ao sol;
• Febre ou outras infecções;
• Menstruação;
• Procedimentos odontológicos com trauma em tecidos;
• Baixa imunidade.
Como é feito o diagnóstico?
Na maioria dos casos, o diagnóstico é clínico, baseado nas características visuais da lesão. Em situações duvidosas ou de infecções recorrentes graves, o dentista ou médico pode solicitar:
• Exame citológico (técnica de Tzanck);
• Teste PCR para detecção do DNA viral;
• Sorologia, para identificar anticorpos contra o vírus.
Qual é o tratamento?
Não existe cura, mas há tratamento para aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização:
• Antivirais tópicos ou sistêmicos (como aciclovir, valaciclovir e famciclovir), indicados especialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas;
• Analgésicos e antitérmicos, para controle da dor e febre;
• Cuidados locais: manter a região limpa, evitar manipular as lesões e usar protetor labial.
O uso de antivirais não elimina o vírus, mas reduz a duração e a intensidade dos surtos.
Qual o papel do cirurgião-dentista?
O dentista é fundamental para:
• Identificar lesões orais de herpes, especialmente quando aparecem pela primeira vez;
• Orientar sobre os cuidados durante as crises;
• Adiar procedimentos invasivos, como raspagens ou restaurações, em casos com lesões ativas;
• Prescrever tratamento adequado e acompanhar casos recorrentes.
Como prevenir?
• Evite contato direto com lesões (beijos, compartilhar objetos);
• Use protetor labial com filtro solar, especialmente em dias de exposição prolongada ao sol;
• Mantenha uma alimentação equilibrada e boas noites de sono;
• Reduza o estresse com práticas saudáveis;
• Nunca estoure as bolhas, pois isso aumenta o risco de contaminação;
• Procure o dentista ou médico sempre que surgirem lesões incomuns ou recorrentes.
Curiosidades e mitos
• Herpes não é sinal de má higiene. É uma infecção viral comum, e a maioria das pessoas já entra em contato com o vírus na infância.
• Você pode ter o vírus e nunca desenvolver lesões.
• Não é necessário isolar-se socialmente, mas é importante evitar beijos e compartilhar objetos durante as crises.
Conclusão
Se você tiver dúvidas sobre lesões na boca, desconforto ou sinais de herpes, procure o serviço de saúde do campus. Cuide da sua saúde bucal — ela é parte fundamental da sua qualidade de vida!
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