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Orientações de Saúde - Depressão

Publicado: Terça, 06 de Agosto de 2024, 09h25 | Última atualização em Quinta, 07 de Novembro de 2024, 09h18

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 depressão

É um problema médico grave e altamente prevalente na população em geral. De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico. De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade.

Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para os homens.

Fatores de risco

• Histórico familiar

• Transtornos psiquiátricos correlatos;

• Estresse crônico;

• Ansiedade crônica;

• Disfunções hormonais;

• Dependência de álcool e drogas ilícitas;

• Traumas psicológicos;

• Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias entre outras;

• Conflitos conjugais;

• Mudança brusca de condições financeiras e desemprego.

Causas

• Genética: estudos com famílias, gêmeos e adotados indicam a existência de um componente genético. Estima-se que esse componente represente 40% da suscetibilidade para desenvolver depressão;

• Bioquímica cerebral: há evidencias de deficiência de substancias cerebrais, chamadas neurotransmissores. São eles Noradrenalina, Serotonina e Dopamina que estão envolvidos na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do humor;

• Eventos vitais: eventos estressantes podem desencadear episódios depressivos naqueles que tem uma predisposição genética a desenvolver a doença.

Sintomas

• Humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria. Tudo parece vazio, o mundo é visto sem cores, sem matizes de alegria. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo “sentimento de falta de sentimento”. Julgam-se um peso para os familiares e amigos, invocam a morte como forma de alívio para si e familiares. Fazem avaliação negativa acerca de si mesmo, do mundo e do futuro Percebem as dificuldades como intransponíveis, tendo o desejo de por fim a um estado penoso. Os pensamentos suicidas variam desde o desejo de estar morto até planos detalhados de se matar;

• Anedonia: perda de interesse ou prazer de coisas cotidianas ou de situações que tinha antes;

• Retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de iniciativa;

• Insônia ou sonolência: A insônia geralmente é intermediária ou terminal.

• Apetite: geralmente diminuído, podendo ocorrer em algumas formas de depressão aumento do apetite, com maior interesse por carbohidratos e doces;

• Redução do interesse sexual;

• Dores e sintomas físicos difusos como mal estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia, sudorese.

Diagnóstico

• O diagnóstico da depressão é clínico, feito pelo médico após coleta completa da história do paciente e realização de um exame do estado mental. Não existe exames laboratoriais específicos para diagnosticar depressão.

Prevenção

• Manter um estilo de vida saudável:

• Ter uma dieta equilibrada;

• Praticar atividade física regularmente;

• Combater o estresse concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas;

• Evitar o consumo de álcool;

• Não usar drogas ilícitas;

• Diminuir as doses diárias de cafeína;

• Rotina de sono regular;

• Não interromper tratamento sem orientação médica.

Tratamento

• A Depressão é uma doença mental de elevada prevalência e é a mais associada ao suicídio, tende a ser crônica e recorrente, principalmente quando não é tratada. O tratamento é medicamentoso e psicoterápico. A escolha do antidepressivo é feita com base no subtipo da Depressão, nos antecedentes pessoais e familiares, na boa resposta a uma determinada classe de antidepressivos já utilizada, na presença de doenças clínicas e nas características dos antidepressivos.

90-95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento antidepressivo. É de fundamental importância a adesão ao tratamento, uma vez interrompido por conta próprio ou uso inadequado da medicação, pode aumentar significativamente o risco de cronificação. O tratamento pode ser realizado na Atenção Primária, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nos ambulatórios especializados.

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