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Orientações de Saúde - Outubro Rosa 2025

Publicado: Terça, 06 de Agosto de 2024, 09h25 | Última atualização em Terça, 07 de Outubro de 2025, 01h22

Índice de Artigos

 

O que é o Outubro Rosa e qual seu propósito?

O Outubro Rosa é uma campanha internacional de conscientização voltada à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. No Brasil, a campanha foi institucionalizada pela Lei nº 13.733/2018. A ideia é mobilizar a sociedade, veículos de comunicação, instituições de saúde, empresas e órgãos públicos para disseminar informações, promover exames, oferecer apoio e quebrar estigmas. As ações típicas incluem iluminação de monumentos em rosa, distribuição de material educativo (folders, cartazes), palestras, mutirões de exames e campanhas nas redes sociais.

Dados e estatísticas recentes

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil para o período 2023-2025. A taxa estimada é de 66,54 casos por 100 mil mulheres no país. O câncer de mama representa cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres no Brasil.

Em 2021, o número de mortes por câncer de mama foi de aproximadamente 18.361 pessoas, segundo dados do Atlas de Mortalidade do INCA. No cenário global, estima-se que mais de 2,3 milhões de casos de câncer de mama foram diagnosticados em 2022, com cerca de 670 mil mortes no mesmo ano.

Fatores de risco e prevenção

Fatores de risco modificáveis:

- Excesso de peso e obesidade, especialmente após a menopausa

- Sedentarismo

- Consumo de bebidas alcoólicas

- Tabagismo

- Uso prolongado de terapia hormonal (em algumas situações) — essa relação depende de tipo de terapia, tempo de uso, entre outras variáveis. (Esse é tema com estudo contínuo)

Fatores protetores / boas práticas:

- Amamentação, quando possível, tem efeito protetor

- Alimentação equilibrada, com frutas, verduras, legumes

- Prática regular de atividade física

- Evitar ou moderar o consumo de álcool

- Manter acompanhamento médico regular e vigilância dos sinais do corpo

Detecção precoce: sinais, exames e limites

Sinais e sintomas que merecem atenção:

- Caroço (nódulo) endurecido, geralmente fixo e indolor na mama ou região da axila

- Alterações na pele da mama — como retração, aspecto de “casca de laranja”

- Alterações no mamilo: retração, secreção espontânea (sem relação com amamentação)

- Vermelhidão persistente ou formação de ulcerações na pele da mama Exames usados no rastreamento / diagnóstico:

- Mamografia: principal exame de rastreamento para mulheres de risco padrão (faixa etária 50-69 anos) com periodicidade de dois em dois anos.

- Ultrassonografia e ressonância magnética também são usadas, especialmente em casos específicos ou em mulheres com mamas densas ou risco elevado.

- Exame clínico das mamas: realizado por profissional de saúde para avaliar alterações palpáveis ou visuais.

- Biópsia: quando há lesão suspeita, para análise definitiva do tecido.

Limitações / alertas:

O autoexame das mamas ajuda a conhecer o corpo e detectar alterações visuais ou palpáveis, mas não é método suficiente sozinho para diagnóstico precoce. Ele não substitui mamografia nem exame clínico. Mesmo mulheres jovens (abaixo dos 50 anos) podem apresentar câncer de mama, e há evidências de que os casos nessa faixa (30-39 anos) vêm aumentando.

Situação no SUS e políticas públicas no Brasil

No Brasil, a campanha do Outubro Rosa trabalha junto com o Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir acesso a exames, diagnóstico e tratamento. A campanha de 2024, com tema “Mulher: seu corpo, sua vida”, reforça que o autocuidado e o vínculo com o sistema de saúde devem ser contínuos, não apenas em outubro. Estima-se que cerca de 17% dos casos poderiam ser evitados com modificações de estilo de vida. O INCA publica anualmente documentos como “Controle do câncer de mama no Brasil: dados e números”, para subsidiar políticas de saúde e monitoramento. 

Temas emergentes e desafios atuais

- Aumento em mulheres jovens: já citado acima, há alerta para diagnóstico em idades menores, o que exige mais atenção e pesquisa.

- Desigualdade regional: o acesso a exames, diagnóstico e tratamento varia entre estados e municípios, o que pode atrasar o diagnóstico em algumas áreas menos favorecidas.

- Desinformação e mitos: circulam mitos como “quem tem um nódulo pequeno não precisa fazer exame” ou “câncer de mama sempre aparece com dor” — essas afirmações são falsas.

- Sustentação da campanha durante todo o ano: há demanda para que as ações não se limitem a outubro, mas que o cuidado seja contínuo.

- Capacidade de rede de saúde: garantir que, ao identificar casos suspeitos, haja estrutura para atendimento ágil, diagnóstico confirmatório e tratamento adequado.

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